Estando agora livre dos laços que o prendiam aos desejos terrenos, em seu desprezo pelo mundo, Francisco abandonou a cidade natal e procurou um lugar onde pudesse ficar a sós, alegre e despreocupado. Aí na solidão e no silêncio poderia ouvir as revelações secretas de Deus. Ia dessa forma pela floresta, alegre e cantando em francês os louvores do Senhor, quando dois ladrões surgiram do cerrado e caíram sobre ele. Ameaçaram-no e perguntaram quem ele era, mas ele respondeu corajosamente com as palavras proféticas: "Sou o arauto do Grande Rei". Bateram nele e o lançaram numa fossa cheia de neve, dizendo-lhe: "Fica por aí, miserável arauto de Deus". Francisco esperou que fossem embora, saiu da fossa, alegre, recomeçando com mais ânimo ainda sua canção em honra do Senhor (S.Boaventura - Legenda Maior, Cap.2, 5).

sábado, 15 de maio de 2010

HOUVE UM JOVEM CHAMADO FRANCISCO...

Houve um jovem chamado Francisco, que viveu na Idade Média, na cidadezinha de Assis, na Úmbria - Itália. Recebeu na pia batismal o nome de João Batista mas, em atenção de sua mâe, D. Pica, que era francesa seu pai, Pedro Bernadoni, chamava-o de Francisco (Francesco = francesinho). Seu pai era rico comerciante de Assis no ramo de tecidos, os quais ele trazia da França e outros locais. Ele pertencia à classe dos comerciantes que estava emergindo. O sonho de seu pai era que ele se tornasse um Cavaleiro, para que assim sua família ganhasse um título de nobreza. Por duas vezes ele foi vestido com uma belíssima armadura e foi para a guerra. A primeira vez a guerra entre Assis e Perúgia; depois foi para Apúlia em outra empreitada de tal porte. Mas, ele sempre sentia um grande vazio dentro de si.
Certa vez ouviu a voz do Senhor que lhe perguntou: "Francisco, porque serves ao servo, ao invés de servir ao Senhor?" Ele voltou para casa doente e, em sua convalescencia, começou a meditar naquelas palavras. A partir daí, começou a sua converção.

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