Estando agora livre dos laços que o prendiam aos desejos terrenos, em seu desprezo pelo mundo, Francisco abandonou a cidade natal e procurou um lugar onde pudesse ficar a sós, alegre e despreocupado. Aí na solidão e no silêncio poderia ouvir as revelações secretas de Deus. Ia dessa forma pela floresta, alegre e cantando em francês os louvores do Senhor, quando dois ladrões surgiram do cerrado e caíram sobre ele. Ameaçaram-no e perguntaram quem ele era, mas ele respondeu corajosamente com as palavras proféticas: "Sou o arauto do Grande Rei". Bateram nele e o lançaram numa fossa cheia de neve, dizendo-lhe: "Fica por aí, miserável arauto de Deus". Francisco esperou que fossem embora, saiu da fossa, alegre, recomeçando com mais ânimo ainda sua canção em honra do Senhor (S.Boaventura - Legenda Maior, Cap.2, 5).

domingo, 31 de julho de 2011

Vaticano pede que fiéis não sejam contrários a autoridade do Papa

France Presse

Roma, 13 Mai 2011 (AFP) -Os fiéis que pedem a celebração das missas em latim - retomadas em 2007 por Bento XVI - "não devem ser contrários a autoridade do Papa", informou um comunicado do Vaticano divulgado nesta sexta-feira.

A explicação é especialmente dirigida às correntes tradicionalistas da Igreja Católica, como o Movimento Lefebvrista, fundado pelo já falecido arcebispo Marcel Lefebvre, excomungado em 1988, que rejeita as abertura e modernização decididas durante o II Concílio do Vaticano (1962-1970).

A chamada "Universae Ecclesiae" sustenta que os fiéis que pedem pela celebração em latim "não devem pertencer ou apoiar grupos que se manifestam contrários a legitimidade do modelo (da missa) ou a autoridade do Papa".

Quatro anos após Bento XVI autorizar a celebração da missa em latim, o Vaticano estabelece normas para sua realização depois de ter consultado bispos de todo o mundo.

A tradicional missa tridentina - que começou a desaparecer nos anos 70, quando o Papa Paulo VI promoveu uma moderna forma de celebração -, é um rito em latim, com o sacerdote posicionado de costas para a congregação e com duração entre 45 e 60 minutos.

O comunicado desta sexta-feira relembra que Bento XVI afirmara em seu decreto de 2007 que ambas as liturgias, a antiga e a moderna, são apenas duas versões do "mesmo rito romano".

O Papa lembrou que seu antecessor, João Paulo II, já havia acordado em duas ocasiões (1984 e 1988) para que os bispos tivessem a faculdade de celebrar missas de acordo com a antiga liturgia e que seu objetivo era apenas extender a autorização.

Em alguns países, como a França, onde o movimento lefebvrista é seguido por muitos fiéis, a celebração da missa seguindo o antigo rito gerou conflitos entre grupos de fiéis e bispos, que consideram esse gesto uma espécie de "provocação".

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