Estando agora livre dos laços que o prendiam aos desejos terrenos, em seu desprezo pelo mundo, Francisco abandonou a cidade natal e procurou um lugar onde pudesse ficar a sós, alegre e despreocupado. Aí na solidão e no silêncio poderia ouvir as revelações secretas de Deus. Ia dessa forma pela floresta, alegre e cantando em francês os louvores do Senhor, quando dois ladrões surgiram do cerrado e caíram sobre ele. Ameaçaram-no e perguntaram quem ele era, mas ele respondeu corajosamente com as palavras proféticas: "Sou o arauto do Grande Rei". Bateram nele e o lançaram numa fossa cheia de neve, dizendo-lhe: "Fica por aí, miserável arauto de Deus". Francisco esperou que fossem embora, saiu da fossa, alegre, recomeçando com mais ânimo ainda sua canção em honra do Senhor (S.Boaventura - Legenda Maior, Cap.2, 5).

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

SÃO FRANCISCO, O JARDINEIRO DO REINO DE DEUS

O jardineiro é aquele que cuida do jardim, promove o encontro da semente com a terra, vê brotar a semente, rega as plantinhas mas poda também, Quando necessário.Enfim, é aquele que investe seu tempo, sua vida, na arte de cuidar das plantas e flores.
O jardineiro do Reino de Deus é aquele que cuida do Planeta Terra: cuida das plantas, árvores, flores e ervas. Cuida com o mesmo carinho da terra e da água, porque sem estas fontes de vida não brotam as flores, não colhemos alimentos, tudo se torna estéril. E tudo isso ele faz com grande zelo e carinho, para que o Reino de Deus aconteça aqui e agora. Assim agindo, cuida das pessoas, da felicicidade das pessoas diante do belo que a natureza proporciona.
Francisco sentia imensa alegria diante das flores, vendo sua beleza e sentindo seu perfume. E, quando encontrava muintas flores juntas, pregava para elas e as convidava a louvar o Senhor como se fossem racionais. Da mesma forma, convidava com muinta simplicidade os trigais e as vinhas, as pedras, os bosques e tudo o que há de bonito nos campos, as nascentes e tudo o que há de verde nos jardins, a terra e o fogo, o ar e o vento, para que tivessem muinto amor e fossem generosamente prestativos.
Francisco tornou sua realidade algo concreto. O concreto se vê, se olha, se contempla. Ao olhar o mundo com os olhos de Deus, percebe que o que vê solicita cuidado. Francisco vê o mundo como um imenso santuário. Todas as criaturas são sagradas porque onde há vida há um pedacinho de Deus. E porque a fonte de toda a vida é Deus, Francisco vê, respeita e ama todas as criaturas como irmãs.
Vejamos:
"Quando lavava as mãos, escolhia um lugar onde a água das abluções não viesse a ser pisada".
"Quando caminhava sobre pedras, São Francisco fazia-o com temor e respeito, por amor daquele que é chamado a Pedra Angular".
"Ao irmão que ia cortar a lenha para o fogo, recomendava que não cortasse a árvore toda, mas que deixasse sempre alguns ramos para que a vida continuasse brotando".
"Ao irmão hortelão dizia, que não ocupasse todo o terreno com plantas comestíveis, mas deixasse parte, para produzir plantas que, a seu tempo, dessem as irmãs flores".
"Tinha tanta caridade, que seu coração se comovia, não só com as pessoas que passavam necessidade, mas também com os animais: os répteis, os pássaros e as outras criaturas sensíveis e insensíveis. Mas entre todos os animais, tinha uma predileção pelos cordeirinhos, porque a humildade de Nosso Senhor Jesus Cristo foi comparada, muintas vezes, na Bíblia ao cordeiro".

Ana Maria Rodrigues Lima, OFS
Revista Paz e Bem, ano 48-Nº 305 - Setembro/Outubro - 2010









domingo, 12 de setembro de 2010

OS ESTÍGMAS

Celebramos a festa dos estígmas ou chagas de S. Francisco no dia 17 de setembro. E foi assim que tal fato aconteceu: "Numa estadia que fez no eremitério chamado Alverne, que tem esse nome por causa de sua localização, dois anos antes de entregar sua alma ao céu, teve uma visão de Deus em que viu um homem, com aparência de Serafim de seis asas, que pairou acima dele com os braços abertos e os pés juntos, pregado numa cruz. Duas asas elevavam-se sobre a cabeça, duas estendiam-se para voar e duas cobriam o corpo inteiro. Quando o servo do Altíssimo viu isso ficou muitíssimo admirado, mas não compreendia o sentido dela. Sentia um grande prazer e uma alegria enorme por ver que o Serafim olhava para ele com bondosso e afável respeito. Sua beleza era indizível, mas o fato de estar pregado na cruz e a crueldade de sua paixão atormentavam-no totalmente. Assim se levantou, triste e ao mesmo tempo alegre, alternando em si mesmo os sentimentos de alegria e de dor. Tentava descobrir o significado da visão e seu espírito estava muinto ansioso para compreender o seu sentido. Sua inteligência ainda não tinha chegado a nenhuma clareza, mas seu coração estava inteiramente dominado por esta visão, quando, em suas mãos e pés começaram a aparecer, assim como as vira pouco antes no homem crucificado, as marcas de quatro cravos.
Suas mãos e pés pareciam atravessados bem no meio pelos cravos, aparecendo as cabeças no interior das mãos e em cima dos pés, com as pontas saindo do outro lado. Os sinais eram redondos no interior das mãs e longos no lado de fora, dixando ver um pdaço de carne como se fossem pontas de cravos entortadas e rebatidas, saindo parafora da carne. Também nos pés estavam marcados os sinais dos cravos, sobressaindo da carne. O lado direito parecia atravessado por uma lança, com uma cicatriz fechada que muintas vezes soltava sangue, de maneira que sua túnica e suas calças estavam muintas vezes banhadas no sagrado sangue.
Infelizmente, foram muinto poucos os que mereceram ver a ferida sagrada do seu peito, enquanto viveu crucificado! Feliz foi Frei Elias, que a viu diversas vezez durante a vida do santo. Não menos feliz foi Frei Rufino, que a tocou com suas próprias mãos. Porque uma ves em que Frei Rufino pôs as mãos no peito do santo homem para friccioná-lo, sua mão escorregou, como costuma, para o lado direito, e tocou por acaso a preciosa cicatriz. A dor que o santo sentiu não foi pequena, e afastando a mão clamou a Deus para que o poupasse.
Pois tinha muinto cuidado em esconder essas coisas dos estranhos, e ocultava-as mesmo dos mais chegados, de maneira que até os irmãos que eram seus companheiros e seuidores mais devotados não souberam delas por muinto tempo.

(1Cel, cap.3,94-segundo livro)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Porto Alegre : Festa de São Francisco 2010

17 set., sexta-feira, 19h: Festa das Chagas de S. Francisco

30 set., quinta-feira, 19h: 1º dia do tríduo
01 out., sexta-feira, 19h: 2º dia do tríduo
02 out., sábado, 17h e 19h: 3º dia do tríduo
03 out., domingo, 19h: Trânsito de São Francisco de Assis
04 out., segunda-feira: Festa de São Francisco

09h30min: Missa
15h: Benção das Criaturas e Procissão
19h: Missa e Procissão Luminosa

Igreja São Francisco de Assis
R. Domingos Crescêncio esq. Rua São Luis Bairro Santana
tel. 3223-3244

quinta-feira, 2 de setembro de 2010